Porque é importante continuar a aprender depois de terminar o curso?
A ideia de concluir a universidade, aos 22 anos, com um diploma numa área do saber na qual irás trabalhar durante toda a vida é um conceito que está desatualizado

Pode pesquisar por: universidades, curso, áreas de interesse, localização...
A ideia de concluir a universidade, aos 22 anos, com um diploma numa área do saber na qual irás trabalhar durante toda a vida é um conceito que está desatualizado
A aprendizagem ao longo da vida, mesmo depois de estarem concluídos os estudos universitários, é fundamental para o desenvolvimento pessoal, social e profissional. Numa sociedade em constante mudança assume ainda mais importância que os profissionais desenvolvam os seus conhecimentos, competências e atitudes.
No mundo profissional, a obtenção de um diploma universitário já não é sinónimo de ascender na escada corporativa e ter uma carreira de sucesso. Ric Edelman, fundador e presidente executivo da Edelman Financial Services, uma das principais empresas de consultoria financeira dos Estados Unidos e autor do livro The Truth About Your Future: The Money Guide You Need Now, Later, and Much Later, realça precisamente esta ideia.
"A noção de ir para a universidade e emergir aos 22 anos com um diploma num campo e uma especialização a que o estudante se irá dedicar durante o resto da sua carreira profissional foi-se", afirmou Edelman ao Business Insider numa entrevista ao vivo no Facebook. “Ao contrário, o que está em causa não é um diploma universitário, mas a aprendizagem ao longo da vida."
Edelman considera que esta mudança acontece devido ao aumento da esperança e qualidade de vida, permitindo às pessoas terem carreiras mais longas, sendo que os avanços na tecnologia também significam que as habilidades e conhecimentos ensinados na universidade, em concreto os que estão relacionados com a ciência e tecnologia, se tornam obsoletos mais depressa do que no passado.
O especialista realçou também que os padrões de vida cíclicos são cada vez mais comuns e vão alternando entre a aprendizagem, o emprego e o lazer. “Neste momento são as chamadas licenças sabáticas, em que as pessoas ficam fora do trabalho durante um mês. A maioria dos funcionários vai tirar férias sabáticas que não duram algumas semanas, mas alguns anos”, considera Edelman.
Este autor é da opinião que vamos frequentar a escola, depois conseguir um emprego, a seguir tirar alguns anos de folga, voltar a frequentar o ensino e depois arriscar uma carreira totalmente nova. O especialista realça que este será um novo estilo de vida que nos forçará a “repensar completamente” o nosso futuro, mas será também uma nova realidade em que será “mais fácil do que nunca ganhar dinheiro” por causa da economia partilhada.
As pessoas em vez de estarem a poupar dinheiro para a reforma, podem economizar para metas específicas, como voltar para a escola ou participar de um workshop ou aula para obter novas habilidades e fontes de rendimento.